segunda-feira, 28 de maio de 2012

A Simples e Difícil Mensagem de Jesus, O Cristo!


   
      Vamos fazer uma viagem no poder indecifrável das palavras e gestos do homem Jesus para convencer jovens judeus, na flor da idade, malucos por aventuras, com famílias nucleares organizadas e negócios estabelecidos, a abandonar tudo para segui-lo. Que loucura! Seguiram no escuro um homem sem poder político notório e sem identidade visível. Deixaram barcos, amigos, casas e o seguiram sem direção. Ele não lhes deu dinheiro, não lhes deu conforto, não lhes prometeu nem mesmo um reino terreno. Que experiência arriscada! Que conflitos! Que vexames! Que perturbações viveram!




      Perderam tudo, por fim perderam o homem que os ensinou a amar crucificado numa trave de madeira. Morreu sem heroísmo, morreu em silêncio, encerrou seu fôlego amando, faleceu perdoando. Após sua morte, o grupo poderia ter se dissipado, mas uma força incompreensível os invadiu. Tornaram-se mais fortes depois do caos. Difundiram para o mundo a mensagem que tinham ouvido.

      Deram as lágrimas, a saúde, seu tempo, enfim, tudo o que tinham para a humanidade. Amaram desconhecidos e se entregaram por eles. Sob a mensagem difundida por esses jovens toscos e sem cultura clássica, as sociedades européias e depois inúmeras outras nas Américas, na África e na Ásia foram construídas. As bases dos direitos humanos e dos valores sociais foram estabelecidas.



      Séculos se passaram, e tudo se tornou comum. As igrejas se tornaram uma fonte excelente de conformismo. Na atualidade, centenas de milhões de pessoas comemoram confortavelmente em seus templos o Natal, a Paixão e outras datas, sem nunca terem imaginado o que é dormir ao relento, o que é receber a pecha de louco, qual o sabor de ter sua imagem social estilhaçada. Perderam a sensibilidade, não entenderam o estresse dramático que esses jovens viveram ao seguirem o enigmático Mestre dos Mestres.

      Imaginemos as desconfortáveis camas de palha nas quais dormiam ao relento. Vamos refletir sobre a angústia que sofreram ao tentar explicar o inexplicável para seus pais e amigos da Galiléia. Não poderiam falar que tinham aprendido a amar um homem, pois seriam apedrejados. Não poderiam dizer que estavam envolvidos num grande projeto, porque esse projeto não era palpável. Não podiam comentar que seguiam um homem poderoso, o Messias, pois ele amava o anonimato. Que coragem para chamar e que coragem para seguir o chamado!



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